sábado, 10 de novembro de 2018

Francesco Piazzetta



A segunda migração


Francesco Piazzetta, nasceu em Fener, distrito de Alano di Piave, província de Belluno, região do Vêneto, em 16 de Outubro de 1839 e faleceu em Curitiba, Paraná no dia 30 de Novembro de 1922. Era filho de Giuseppe Piazzetta e Caterina Franco. 
Por motivo de trabalho, procurando melhores oportunidades, Francesco Piazzetta migrou mais para o sul, passando a residir no vizinho município de Pederobba, então já na província de Treviso. Não temos conhecimento do ano em que esta mudança ocorreu e se ele migrou sozinho ou em companhia de mais algum parente. No mês de Abril do ano 1866 se casou com Maria A. Segusino Verri, esta nascida em 03 de Agosto de 1844, no vizinho município de Segusino, província de Treviso. Maria A. S. Verri era filha de Giovanni Verri e Antonia Faccin — ele, segundo consta nas pesquisas realizadas, era nascido na região da Lombardia, descendente da conhecida família Verri, da cidade de Milão. Ainda segundo os relatos ouvidos de Francesco Piazzetta, a única lembrança que ficou da família Verri teria sido um conjunto de três talheres em prata, com o brasão nobiliárquico cunhado nos cabos dessa conhecida família milanesa. O pais de Maria A. Segusino Verri eram proprietários de uma pequena pousada e casa de pasto, localizada às margens do rio Piave, no município de Segusino, onde serviam refeições e pouso para os inúmeros balseiros que, naquela época, percorriam o rio, levando principalmente troncos de árvores desde a província de Belluno com destino a Veneza. Francesco Piazzetta e Maria A. Segusino Verri tiveram nove filhos, todos nascidos em Pederobba, província de Treviso. Devido as precárias condições da vida vingentes no Vêneto de então, tiveram a infelicidade de perder quatro deles ainda crianças. 




Assim nasceram no comune de Pederobba, província de Treviso: Giovanna Antonia, Giuseppe Giovanni, Giovanni Battista, Giuseppe, Giuseppe Pompilio, Colomba Rosa, Noé, Augusta Aurora e Angelo. 


Maria Verri faleceu em 29 de Dezembro de 1866, com a idade de 42 anos deixando Francesco viúvo com várias crianças para criar.




Luiz Carlos B. Piazzetta
luizcpiazzetta@gmail.com 


As Migrações

Navio ADRIA que trouxe a família de Francesco Piazzetta para o Brasil



As Migrações


Deixando a cidade de Feltre, os membros da família Piazzetta, se deslocaram mais para o sul, fixando-se no município de Alano di Piave, ainda na província de Belluno.



Foi nesta cidade que encontramos os primeiros registros da presença de membros da família Piazzetta. Foi de Giovanni Antonio Domenico Piazzetta, casado com Maria Mezzomo. 


Giovanni Antonio Domenico era filho de Antonio Piazzetta, nascido por volta de 1750, em local ainda não esclarecido e de Giovanna Dalla Marta. 



Em Alano di Piave Giovanni Antonio e Maria Mezzomo tiveram vários filhos e entre eles Giuseppe Piazzetta.


Giuseppe Piazzetta nasceu em Fener, distrito do município de Alano di Piave, província de Belluno, no dia 15 de Dezembro de 1808 e faleceu em 14 de Abril do ano de 1878, com a idade de 70 anos.

Era casado com Caterina Franco, nascida em 26 de Outubro de 1809, na vizinha cidade de Vaz, província de Belluno e falecida em 1841 com a idade de 32 anos, tendo sido sepultada em Fener.

O casal Giuseppe Piazzetta e Caterina Franco teve vários filhos, todos nascidos no distrito de Fener, município de Alano di Piave e entre eles conseguimos localizar os documentos de Francesco Piazzetta, Maria Maddalena Piazzetta e Santina Piazzetta. Esta veio a casar com Liberale Pasquale Fiorentin (nascido em 09.04.1871).



 


Francesco Piazzetta nasceu em Fener, distrito de Alano di Piave, província de Beluno, em 16 de Outubro de 1839 e faleceu em Curitiba, Paraná, em 30 de Novembro de 1922. No mês de Abril de 1866 casou em Segusino, província de Treviso, com Maria A. Segusino Verri nascida em 24 de Agosto de 1844, no comune de Segusino e faleceu provavelmente no distrito de Fener, de Alano di Piave. Com o falecimento da esposa emigrou para o Brasil com os quatro filhos, já com a idade de 57 nos. 

O casal teve oito filhos: 

1- Giovanna Piazzetta nascida em 20 de Março de 1887, na contada Ghetto, comune de Pederobba, província de Treviso e em 1888 casou com Luigi Viviani e tiveram 2 filhos, Luigi Viviani e Angelo Viviani, emigraram para a França. 

2- Angelo Piazzetta

3- Giuseppe Giovanni Piazzetta nascido na contrada Ghetto, comune de Pederobba, província de Treviso no ano de 1869 e falecido ainda criança no ano de 1872. 

4- Giovanni Battista Piazzetta nascido na contrada Ghetto, comune de Pederobba, província de Treviso, no dia 17 de Março de 1871 e falecido em Curitiba, estado do Paraná, em 01 de Julho de 1965. Emigrou para o Brasil onde casou com Antonia Nadalin. 

5- Giusepe Pompilio Piazzetta nascido na contrada Ghetto, comune de Pederobba, Treviso, em 1873 e falecido um ano após em 1874. 

6-  Augusta Aurora Piazzetta nascida na contrada Ghetto, comune de Pederobba, Treviso, em 26 de Junho de 1880 e falecida em Curitiba, Paraná em 14 de Abril de 1969. Casou com Giacomo Di Giorgio e tiveram seis filhos: Leonora Di Giorgio, João Di Giorgio, Izaura Di Giorgio, Augusto Piazzetta Di Giorgio, Adelina Di Giorgio e Maximo Di Giorgio.

7- Colomba Rosa Piazzetta nascida na contrada Ghetto, comune de pederobba em 9 de Maio de 1876 e falecida em 12 de Março de 1966, em Curitiba, Paraná. Em 30 de Abril de 1892 casou com Antonio Merlin e tiveram cinco filhos: Nazareno Piazzetta Merlin (nascido em Curitiba em 13.04.1895 e falecido na mesma cidade em 10.10.1972),   Jacundiano Piazzetta Merlin, nascido em Curitiba em 1898, Catolina Piazzetta Merlin, nascida em Curitiba em 1899, Faustina Piazzetta Merlin, nascida em Curitiba em 1901 e Ilíria  Piazzetta Merlin, nascida em Curitiba, no ano de 1902.

8- Noè Piazzetta nascido na contrada Ghetto, comune de Pederobba, Treviso, em 27 de Janeiro de 1879 e falecido em Curitiba, Paraná, em 27 de Agosto de 1929. Em 11 de Junho de 1898 casou com Luigia Pasello nascida em 07 de Novembro de 1874, na localidade de Carpi, comune de Villa Bartolomea, província de Verona e falecida em Curitiba em 12 de Novembro de 1951. O casal teve cinco filhos: Nazareno Ernesto Piazzetta (nascido em 1900 e falecido em Curitiba, em 1980 casado com Cora Conrado), Antônio Piazzetta (nascido em Curitiba, no ano de 1902 e lá falecido em 1960 casado com Raulina Rosa), Maria Carmelina Piazzetta (nascida em Curitiba em 1907 e falecida em 28 de Julho de 1996 em Curitiba, era casada com Mário Scaramuzza), Francisco Piazzetta (nascido em Curitiba no ano de 1917 e lá falecido no ano de 2005), Carlos Reinaldo Piazzetta (nascido em Curitiba, em 21 de Abril de 1910 e lá falecido em 03 de Agosto de 1991, era casado com Luiza Beleda).



 






Dr, Luiz Carlos B. Piazzetta






Família Piazzetta História e Emigração










A necessidade de emigrar

Sem pretender esgotar o assunto, este espaço foi idealizado como uma forma de homenagem aos meus antepassados e também, para ser um ponto de referência e auxílio para todos os descendentes dos numerosos ramos da família Piazzetta espalhados pelo mundo. As dramáticas condições da emigração vêneta, principalmente aquela do final do século XIX, muito dificultam a pesquisa e o entendimento do nosso passado familiar. Acreditamos que o conhecimento da nossa história tanto a familiar como aquela coletiva, os fatores que ocasionaram esse verdadeiro êxodo, muito contribuirá para o nosso crescimento pessoal.

A situação social, política e econômica da região do Vêneto à partir dos últimos 25 anos do século XIX se tornaram insustentáveis. A fome, a pelagra e a falta de perspectivas de um futuro melhor, forçaram milhares de homens, mulheres e crianças a abandonarem para sempre suas cidades natais, os seus familiares, emigrando definitivamente em busca de uma melhor sorte. Esta na maior parte das vezes nada mais era que um trabalho digno, um pedaço de pão à mesa e um futuro melhor para os filhos. 

O Brasil pela sua extensão e pelas facilidades proporcionadas no início do período migratório, se tornou desde logo no sonho da maioria daqueles emigrantes vênetos que procuravam um lugar para trabalhar e ganhar o pão de cada dia. Um lugar em que pudessem ser donos das suas terras e livres para poderem criar melhor os seus filhos.

A difícil decisão de emigrar, as incertezas e os temores da viagem através do desconhecido oceano, as precárias condições a bordo, as inúmeras dificuldades encontradas ao chegarem na nova terra, marcaram profundamente a vida dos nossos antepassados, e estes sentimentos foram repassados para nós seus descendentes, como uma forma de herança.

Para melhor situar o leitor no tempo, iniciaremos este relato à partir do ramo da família Piazzetta descendente do emigrante vêneto Francesco Piazzetta, que chegou no Brasil no ano de 1890. Lembramos, por outro lado, que este espaço está aberto para a divulgação de todos os demais ramos da Família Piazzetta, bastando aos interessados enviar-nos material para o endereço de contato que consta abaixo neste blog.


As duras condições de vida

Francesco Piazzetta sempre contava que as condições de vida, na Pederobba daquela época, não eram muito diferentes das de outras pequenas cidades daquela região do norte da Itália. O custo de vida era muito alto, principalmente para os mais pobres, sendo que faltava trabalho para uma grande parte da população. A perda das colheitas na região devido desastrosas condições do clima, durante vários anos seguidos: seca, temporais de granizo, enchentes nas planícies e aluviões nas montanhas, fizeram com que a fome e a pelagra atingissem todo o Vêneto.

Os pobres agricultores, os trabalhadores rurais diaristas e os artesãos, sofriam muito mais, principalmente devido aos famigerados impostos sobre a farinha e sobre o sal, duas odiosas formas de penalizar sempre os mais fracos. Não viam eles uma possibilidade de futuro melhor na sua terra natal e a voz corrente era emigrar para a América, na época o tão decantado “el dorado”. Muitos dos seus vizinhos e amigos já tinham partido em emigração e isso contagiava a todos. 

Finalmente, em 1890 Francesco Piazzetta, então viúvo com 57 anos de idade e com quatro filhos para criar, em face das difíceis condições de vida na Pederobba de então, com a falta de perspectiva de um futuro digno para os seus filhos, decidiu emigrar para o Brasil. Ao partirem deixaram lá em Pederobba a filha primogênita e irmã Giovanna Antonia, então já casada com Luigi Viviani, a qual nunca mais voltariam a vê-la.

Assim, no ano de 1890, Francesco Piazzetta e os filhos: Giovanni Battista com 19 anos, Colomba Rosa com 14 anos, Noé com 11 anos e Augusta Aurora com 10 anos, deixaram para sempre a querida terra natal para nunca mais voltarem. 

Contato: 

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
luizcpiazzetta@gmail.com